sábado, 8 de junho de 2013

Sonhei que era Werther

Essa última noite, sonhei com o enredo de Os Sofrimentos do Jovem Werther, romance que levou Goethe a fama.

No sonho, eu era Werther. Demorei-me chorando aos pés da divina Carlota, que condoía-se de mim e me acariciava bondosamente a face. As cenas do sonho eram como a de um filme em preto e branco.

Houve, como de costume em meus sonhos, o momento psicodélico: Quando o filme preto e branco vira, por um pouco de tempo, em um jogo eletrônico semelhante ao Super Mario Bros. E depois, a viagem que fiz, como Werther, à Escandinávia, onde Werther jamais fora. Não me lembro se estava na Suécia ou na Noruega, quando achei uma edição gigantesca de "Cat´s Eye", mangá de Tsukasa Hojo, exposta numa parede do que parecia ser o sótão do Castelo Rá-Tim-Bum...Alguém aparecera, e me criticara o modelo de Estado assistencialista escandinavo, ao que eu prontamente retruquei, como admirador dos escandinavos e de Keynes que o sou, na Realidade.

Mas, depois da psicodelia, o filme em preto e branco retoma. E dá-se aquilo que sucede-se no romance: eu anuncio viajem, peço a Alberto suas pistolas emprestadas, que o bom marido de Carlota não hesita, sem saber o real motivo...talvez ele soubesse, mas o mau dia que passara lhe obscurecera a razão.

E me suicidei.

Vi meu próprio funeral, que, como no romance, não teve sacerdote algum que presidisse. No sonho, vi o porque disso: o sacerdote ministrava o culto especial de Natal.

Pobre de ti, meu caro Alberto.
Pobre de ti, minha amada Carlota.
E pobre de mim mesmo. De mim,Werther.

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